De tempos em tempos, mudanças sensíveis na cultura empresarial acontecem e causam impactos diretos nos negócios. Hoje, o olhar organizacional também está voltado para o capital intelectual, ou seja, para as pessoas. A importância dada a elas – suas capacidades criativas, motivações, competências e conhecimentos – é sentida como um diferencial e uma oportunidade para as empresas crescerem mais. A maneira de aproveitar melhor o conhecimento desses colaboradores é praticar a gestão do conhecimento, que nada mais é do que estimular e facilitar a troca, e o uso e a criação de conhecimento em toda a empresa. Com a gestão do conhecimento, as pessoas são incentivadas a compartilhar aquilo que sabem, de forma a criar um ambiente de trabalho no qual toda experiência válida é compartilhada com outros colaboradores e aplicada em suas atividades a fim de elevar a produtividade.
Ressalta-se que a Sociedade do Conhecimento tem influenciado os processos organizacionais trazendo consigo exigências da adoção de novas condutas de gestão. Em decorrência, o conhecimento passou a ser visualizado como um ativo organizacional, motivando o surgimento da Gestão do Conhecimento (GC) como uma área de estudo, debates e reflexões.
A GC surgiu nos anos 70, tendo como foco o processamento de dados com ênfase no processamento da informação, sendo que essa gestão pode ser considerada como um conjunto de processos que visa à criação, armazenamento, disseminação e utilização do conhecimento, alinhados com os objetivos da empresa, considerando as fontes de conhecimento internas e externas à organização.
Os objetivos da gestão do conhecimento podem variar de contexto para contexto, no entanto, há um consenso acerca do propósito final da gestão do conhecimento que consiste no alcance e manutenção de vantagem competitiva. É considerada como sendo a evolução da gestão da informação, onde o foco está relacionado às formas de armazenamento, seleção e apresentação e não com o processo de gestão de aprendizado, ou a capacidade das organizações em utilizar e combinar diversas fontes e tipos de conhecimentos.
Uma das funções de toda organização é favorecer a aplicação do conhecimento no mundo do trabalho. O conhecimento, por sua natureza, muda em velocidade sem precedentes, então aquele que tiver qualquer conhecimento terá de adquirir outros novos para se manter atualizado e acompanhar a dinâmica de mercado que direciona a organização à investir na gestão da mudança. Isto impulsiona a organização a se dedicar ao novo, através do aprimoramento contínuo, da exploração de aplicação de novos conhecimentos e da capacidade de inovar.
Vale lembrar que vivenciando um cenário de extrema complexidade, profissionais no mercado corporativo são pressionados para a compreensão dos fenômenos que acontecem no mundo e que as transformações in continuum nos campos econômicos, políticos e sociais modificam constantemente o ambiente de negócios. O conhecimento, como atualmente o consideramos, é evidenciado por meio da ação. Podemos entender que o conhecimento é a informação transformada em ação, voltada para o alcance de resultados esperados de forma eficaz. Considera-se que gerenciar de forma inteligente as informações e o conhecimento, passa a ser um diferencial estratégico que reduz as incertezas na tomada de decisão e amplia as garantias de sobrevivência e de sucesso para as organizações e seus profissionais na era da transformação digital e da Revolução 4.0 em curso. Assim, atuar na área de negócios com a GC é adentrar a um novo espaço de infinitas oportunidades, tendências e perspectivas pessoais e profissionais.
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Prof.ª Dr.ª Regina Célia Baptista Belluzzo é docente permanente dos Programas de pós-graduação da UNESP: Ciência da Informação (Marília-SP) junto à Linha de Pesquisa "Gestão, Mediação e Uso da Informação" e Mídia e Tecnologia (Bauru-SP) junto à Linha de Pesquisa "Gestão Midiática e Tecnológica).Tem experiência na área de Ciência da Informação e Comunicação, com ênfase em Gestão da Informação e do Conhecimento, atuando principalmente nos seguintes temas: competência em informação e midiática, bibliotecas universitárias, ambientes empresariais, transformação digital e sustentabilidade.
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